Pesquisei “autoconhecimento” no Youtube e encontrei esta palestra do Ricardo Goldenberg.
“Conhece-te a ti mesmo” era a inscrição da porta do oráculo de Delfos, na antiga Grécia. Este conselho do oráculo grego ganhou novo sentido com a psicanálise. Freud encontrou pistas importantes para a investigação de quem somos. Neste programa, o psicanalista Ricardo Goldenberg mostra como a psicanálise pode ajudar a responder a pergunta ‘Quem sou eu’?
Para Goldenberg, a psicanálise deve apostar na nossa capacidade de responder a esta pergunta e de criar sentidos para a nossa vida.” Fonte: CPFL Cultura
Fiquei impressionado com a facilidade e didática em transmitir conceitos fundamentais do ser humano.
Alguns trechos que gostei:
Quem sabe de mim sou eu (0:04:00)
“O autoconhecimento é a frase ‘Quem sabe de mim sou eu'”. Ele se opõe a ideia de que o autoconhecimento pode ser atingido sem a interação com o outro. Ricardo explica que o inconsciente é refletido no outro e para eu me conhecer é necessário passar pelo outro.
Quando as pessoas querem estudar psicanálise com ele (0:06:30)
Elas esperam que ele ensine o que sabe. Porém, ele propõe que antes do encontro estas pessoas tentem explicar “O que é psicanálise” para pessoas estranhas. As dificuldades em se fazer entender será o “percurso de leitura” de cada um, pois a dificuldade em se fazer entender é onde está “as perguntas importantes de cada um”.
Etiqueta da conversa (0:08:25)
Ele propõe a reflexão entre a ETIQUETA DA CONVERSA e a ETIQUETA DA FALA. Em uma conversa cotidiana existe uma etiqueta que nos faz ignorar colocações que não “encaixem”. Ou seja, em uma conversa ambas as pessoas saem sem MUDANÇAS. Porém, na ETIQUETA DA FALA há um acordo inverso no qual aprendemos com o outro e a partir de colocações e observações a partir de um diálogo aberto e investigativo.
Autobiografia de John Lennon (0:20:00)
“Tanto imitei Elvis Presley que me tornei John Lennon”. A importância de equilibrar a alienação de imitar o Elvis Presley e a separação do seu eu e se tornar o John Lennon.
FreudExplica (0:22:00)
Ele faz uma dura crítica à linha freudiana de um psicanalista ter o poder de “moldar” o EU do paciente através do seu próprio conhecimento.
O paciente deve ser IMpaciente (0:24:00)
Ricardo defende que o paciente deve se apropriar do seu tratamento e decidir quando um trabalho não está mais trazendo os resultados desejados.
Os filhos podem nos trazer o pior de nós mesmos (1:06:00)
As crianças são abertas para receber as mensagens conscientes e insconscientes. Muitas vezes os pais passam mensagens conflitantes e a criança deve decidir qual seguir.
Menina que pulou da janela e quebrou as pernas (1:07:00)
Ele mostra um exemplo de uma garotinha que pulou da janela em um ataque de “chilique” porque os pais não a deixaram ir em uma festa.
Adolescente que fez 18 anos e tem um acidente (1:09:30)
O filho que é seu paciente conta que o pai promete dar um carro novo quando ele sair do hospital. Ricardo Goldenberg mostra que a mensagem que o pai passa é completamente errada, pois estimula o filho que se tiver mais um acidente vai ganhar outro carro ainda mellhor.
O que é meu e o que é do outro. A opinião do outro (1:18:40)
“Quando o outro fala uma opinião sobre você, na verdade é DELE que ele está falando”. Para mim é um dos melhores trechos da conversa, pois quando damos uma opinião ao outro é de nós mesmos que estamos falando.
Discutir o relacionamento é uma perda de tempo (1:23:00)
“Ela vai falar dela e dizer que você não a entende, e você vai dizer a mesma coisa em espelho.” O terapeuta de casal faz o papel de fazer o cruzamento das conversas.